As rochas ornamentais na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima (Portugal): entre o estético e o simbólico
DOI:
https://doi.org/10.24197/bsaaa.88.2022.371-399Palabras clave:
rochas ornamentais, Basílica do Rosário de Fátima, História da Arte, arquitetura religiosa, século XXResumen
Na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima (1928-1953) as rochas ornamentais portuguesas dominam a arquitetura e a escultura, assumindo valores de ordem estética e simbólica. Recorrendo a uma metodologia interdisciplinar, baseada na análise dos documentos históricos e na análise macroscópica in situ, identificou-se a sua grande variedade e origens: Leiria/Fátima, região de Sintra - Pêro Pinheiro e Anticlinal de Estremoz. Perceber a expressão e interação estética destes materiais, valorizando-os, e contribuir para o conhecimento da história material deste edifício no contexto da arquitetura religiosa do seu tempo são objetivos deste estudo que poderá revelar-se importante em futuros trabalhos de conservação e restauro.
Descargas
Citas
Aires-Barros, Luis et alii (1998): “The monastery of Batalha (Portugal): restoration works and historic quarries, a preliminary study”, em Miguel Ángel Fernández Matrán (ed.): IV Congreso Internacional de Rehabilitación del Patrimonio Arquitectónico y Edificación. Havana, CICOP España, pp. 384-386.
Ameal, João (1953-55): Fátima: altar do mundo, 3 vols. Porto, Ocidental.
Atanázio, Manuel Mendes (1954): “O atraso da arte sacra em Portugal”, A Voz, 3 de setembro.
Bairrada, Eduardo Martins (1988): Prémio Valmor 1902-1952. Lisboa, Manuela Rita de A. M. Bairrada.
Barreiros, Manuel de Aguiar (1950): Elementos de Arqueologia e Belas Artes, 3ª ed. Braga, Livr. Pax.
Bresc-Bautier, Geneviève (2012): “L’importation du marbre de Carrare à la cour de Louis XIV”, Bulletin du Centre de recherche du château de Versailles. DOI: https://doi.org/10.4000/crcv.12075
Caldas, João Vieira (1997): Pardal Monteiro – Arquitecto. Lisboa, A.A.P. – Secção Regional do Sul.
Candeias, Steve Estêvão (2014): Arquitectura em pedra: construção, revestimento e relação com a paisagem (Dissertação de Mestrado). Universidade Lusíada de Lisboa. Handle: http://hdl.handle.net/11067/894
Carneiro, André (2019): “A exploração romana do mármore no anticlinal de Estremoz: extração, consumo e organização”, em Vítor Serrão et alii (coords.): Mármore: 2000 anos de história, vol. 1: Da Antiguidade à Idade Moderna. Lisboa, Theya Editores, pp. 55-120.
Carvalho, Jorge M. F. et alii (2013): “Portuguese ornamental stones”, Geonovas, 26, 15-22.
Carvalho, Maria Palmira Ribeiro de (2001): A Museologia e a escola num processo integrado de desenvolvimento. O caso das pedreiras do moimento entre 1990-1992 (Dissertação de Mestrado). Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.
Casal Moura, António (ed.) (2007): Mármores e calcários ornamentais de Portugal. Amadora, Gestão de Artes Gráficas, SA.
Châtelet, Valentine (2016): Nouvelles technologies et valorisations d’un patrimoine : les marbres, des Pyrénées à Versailles (Tese de Doutoramento). Université Toulouse-Jean-Jaurés. Disponível em: https://hal-univ-tlse2.archives-ouvertes.fr/tel-01555276 (consultado em 23 de março de 2022).
Costa, Paulo Alexandre dos Santos (2000): “A igreja de Nossa Senhora de Fátima em Lisboa e a arte moderna em Portugal”, Lusitania Sacra, 12, 413-430.
Cunha, António Borges da / Moniz, Pedro (2021): Arquiteto João Antunes: vida e obra. Leiria, Hora de Ler.
Cunha, João Alves da (2021): “Para uma «Arte Moderna e Arte da Igreja»: contributos do MRAR – Movimento de Renovação da Arte Religiosa (1953-1969)”, em Maria João Neto / João Alves da Cunha (eds.): Arte e Igreja em Portugal. Histórias e protagonistas de diálogos recentes. Casal de Cambra, Caleidoscópio, pp. 45-62.
Cunha, João Pedro Ferreira Gaspar Alves da (2014): O MRAR e os anos de ouro na arquitetura religiosa em Portugal no século XX. A ação do movimento de renovação da arte religiosa nas décadas de 1950 e 1960 (Tese de Doutoramento). Universidade de Lisboa. Handle: http://hdl.handle.net/10400.5/8099
Debljović Ristić, Nevena et alii (2019): “Studenica Marble: Significance, Use, Conservation”, Sustainability, 11/14, 3916. DOI: https://doi.org/10.3390/su11143916
Duarte, Marco Daniel (2006): Arte sacra em Fátima. Uma peregrinação estética. Fátima, Fundação Arca da Aliança.
Duarte, Marco Daniel (2009): “Basílica”, em Carlos Moreira Azevedo / Luciano Cristino (coords.): Enciclopédia de Fátima. Cascais, Princípia.
Duarte, Marco Daniel Carrola (2013): Fátima e a criação artística (1917-2007): O Santuário e a iconografia – a arte como cenário e como protagonista de uma específica mensagem (Tese de Doutoramento), 4 vols. Universidade de Coimbra. Handle: http://hdl.handle.net/10316/21843
Estima, Alberto (2003): “Considerações em torno de duas igrejas iniciadas na década de 1930: a igreja de N.ª Sr.ª de Fátima, em Lisboa e a igreja da Sr.ª da Conceição, no Porto”, Revista da Faculdade de Letras Ciências e Técnicas do Património, I Série, 2, 155-164. Disponível em: https://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/2912.pdf (consultado em 23 de março de 2022).
Fernandes, José Manuel (2014): Igrejas do século XX: Arquitecturas na região de Lisboa. Casal de Cambra, Caleidoscópio.
Fernandes, José Manuel (2003): Português Suave: Arquiteturas do Estado Novo. Lisboa, IPPAR.
Figueiredo, C. et alii (2010): “The church of Santa Engrácia (the National Pantheon, Lisbon, Portugal): building campaigns, conservation works, stones and pathologies”, Geological Society, London, Special Publications, 331/1, 183-193. DOI: https://doi.org/10.1144/SP331.16
Filipe, Carlos (2015): “Um crescimento pontuado por crises: a indústria e os industriais do mármore no século XX”, em Daniel Alves (coord.): Mármore, património para o Alentejo: contributos para a sua história (1850-1986). Vila Viçosa, CECHAP, pp.57-93.
França, José-Augusto (1982): A arte em Portugal no século XX. Lisboa, Livraria Bertrand.
Freire, João Paulo (1939): “Fátima vista por Paulo Freire”, Jornal de Notícias, 2 de junho de 1939, pp. 9-10.
Fuente, Maria José de la (1992): “As construções no recinto do Santuário”, em Santuário de Nossa Senhora de Fátima, expansão urbanística de Fátima 1917-1985. Fátima, SEAC-Serviço de Ambiente e Construções, pp.55-95.
Fusco, Arianna / Mañas Romero, Irene (2006): Mármoles de Lusitania (catálogo de exposición). Mérida, Museo Nacional de Arte Romano.
Gambino, Francesca et alii (2017): “TOURinSTONES: a Free Mobile Application for Promoting Geological Heritage in the City of Torino (NW Italy)”, Geoheritage, 11, 3-17. DOI: https://doi.org/10.1007/s12371-017-0277-5
García Cuéllar, Fidel (2007): La obra artística de Fisac, Adsuara y Stolz en la iglesia del Espíritu Santo. Madrid, CSIC.
Gaspar, Ana Luísa Santos (2018): A rota dos calcários microcristalinos do maciço anelar sub-vulcânico de Sintra, região de Pero Pinheiro: Contributos para a sua criação e valorização do património industrial (Dissertação de Mestrado). Universidade Nova de Lisboa. Handle: http://hdl.handle.net/10362/50900
Hervier, Dominique / Julien, Pascal (2010): “Pierres de France et marbres d’Italie : la circulation des matériaux du Moyen Âge au XIXe siècle”, Bulletin Monumental, 168/2, 189-190.
Kaur, Gurmeet (2022): “Heritage Stone Subcommission: An IUGS Subcommission of the International Commission on Geoheritage”, Journal of the Geological Society of India, 98, 587-590. DOI: https://doi.org/10.1007/s12594-022-2030-1
Lopes, Luís (2016): “As pedras portuguesas dos edifícios e monumentos brasileiros”, Geonomos 24/2, 45-56. DOI: https://doi.org/10.18285/geonomos.v24i2.840
Lopes, Luís (2017): “Lioz: The Stone that Made Lisbon Reborn – A Global Heritage Stone Resource Proposal”, em Geophysical Research Abstract, vol. 19, EGU2017-11228-3, EGU General Assembly 2017. Handle: http://hdl.handle.net/10174/22640
Lopes, Luís / Martins, Ruben (2015): “Global Heritage Stone: Estremoz Marbles, Portugal”, Geological Society, London, Special Publications, 407/1, 57. DOI: http://dx.doi.org/10.1144/SP407.10
Lopes, Luís / Martins, Ruben (2018): “Reconhecimento do mármore de Estremoz como pedra património mundial”, Callipole, 25, 291-308.
Maciel, Manuel Justino (1998): “Arte romana e pedreiras de mármore na Lusitânia: novos caminhos de investigação”, Revista da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, 233-245. Handle: http://hdl.handle.net/10362/7338
Malesani, Piergiorgio et elii (2003): “Geolithology and provenance of materials of some historical buildings and monuments in the centre of Florence (Italy). Episodes”, Journal of International Geoscience, 26/23, 250-256.
Mallet, Géraldine (2016): “De l’usage des marbres en Roussillon entre le XIe et le XIVe siècle : la sculpture monumentale”, Patrimoines du Sud, 4. DOI: https://doi.org/10.4000/pds.1029
Marques, José (2004): “Cónego Manuel Aguiar Barreiros: o homem e a obra”, THEOLOGICA, 2.ª Série, 39/1, 195-212.
Matos, Ana Cardoso / Quintas, Armando (2019): “A afirmação do mármore alentejano em contexto nacional e internacional (do século XVIII a 1945)”, em Ana Cardoso Matos / Daniel Alves (coords.): Mármore: 2000 anos de história, vol. 2: A evolução industrial, os seus agentes económicos e a aplicação na época contemporânea. Lisboa, Theya Editores, pp.13-120.
Menningen, Johanna et alii (2018): “The Estremoz marbles: an updated summary on the geological, mineralogical and rock physical characteristics”, Environmental Earth Sciences, 77/191. DOI: https://doi.org/10.1007/s12665-018-7328-3
Monteiro, Pardal (1950): “Canteiros e cantarias de Pero Pinheiro”, Sintra Turística, Comercial, Industrial, Agrícola. S. l., s. e.
Moreira, Ana Sofia Pinto (2013): Estudo da pedra aplicada na igreja da Senhora da Conceição (Porto) (Tese de Mestrado). Universidade do Porto. Handle: https://hdl.handle.net/10216/70785
Moreira, Noel (2022): “Difusão dos mármores do Anticlinal de Estremoz no Império Romano; até onde se reporta a sua expansão?”, em André Carneiro et alii (coords.): Mármore: 2000 anos de história, vol. 3: Contributo dos mármores do Alentejo para a afirmação das artes. Coímbra, Almedina, pp. 69-119.
Moreira, Noel / Lopes, Luís (2019): “Caracterização dos mármores de Estremoz no contexto dos mármores da Antiguidade Clássica da zona de Ossa-Morena”, em Vítor Serrão et alii (coords): Mármore: 2000 anos de história, vol. 1: Da Antiguidade à Idade Moderna. Lisboa, Theya Editores, pp.13-54.
Moreira, Noel et alii (2020): “The Ossa-Morena marbles used in the Classical Antiquity: review of their petrographic features and isotopic data”, Comunicações Geológicas, 107/2, 81-89.
Mourinha, Nuno / Moreira, Noel (2019) “Património edificado no Triângulo do Mármore; evidências para a utilização contínua do mármore de Estremoz desde época medieval à idade contemporânea”, em Arqueologia 3.0. Comunicação, divulgação e socialização da Arqueologia. Vila Viçosa, Fundação da Casa de Bragança, pp. 171-206.
Oikonomou, Aineias et alii (2018): “The course of building materials in historic buildings and monuments. From creation to reuse”, em Maria Koui et alii (eds): 10th International Symposium on the Conservation of Monuments in the Mediterranean Basin – MONUBASIN. Atenas, National Technical University of Athens, pp. 433-443. DOI: https://doi.org/10.1007/978-3-319-78093-1_46
Patón, Vicent / Tellería, Alberto (s. a.): “Capilla del Espíritu Santo”, em Fundación Fisac. Guía-Obra escogida (página web). Disponível em: http://fundacionfisac.com/capilla-del-espiritu-santo-%EF%BF%BD-biblioteca-de-la-sociedad-hispano-alemana-%EF%BF%BDgorrees%EF%BF%BD/ (consultado em 3 de março de 2022).
Pereira, Dolores / Marker, Brian (2016): “The Value of Original Natural Stone in the Context of Architectural Heritage”, Geosciences, 6/1, 13. DOI: https://doi.org/10.3390/geosciences6010013
Pinto, Manuel Serafim (2007): “Pedreira do Moimento”, em Carlos Moreira Azevedo / Luciano Cristino (coords.): Enciclopédia de Fátima. Cascais, Princípia, pp. 360-361.
Quintas, Armando (2020): “Os mármores do Alentejo em perspectiva histórica: de meados do século XIX a 2020”, História e Economia, 23/2, 93-116. Handle: http://hdl.handle.net/10174/28103
Rodrigues, Rute Massano / Soares, Clara Moura (2018): “Ventura Terra e o elogio (possível) dos mármores de Estremoz na obra de reconstrução e monumentalização do Palácio das Cortes (1896-1903)”, em Clara Moura Soares / Vera Mariz (eds.): Dinâmicas do património artístico. Circulação, transformações e diálogos. Lisboa, ARTIS - Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, pp. 90-99.
Silva, Adulcino (1985): “Reposição da verdade sobre a Basílica de Fátima”, A Tarde, 7 de agosto, pp. 14-15.
Soares, C. M. et alii (2021): “Alentejo marbles in the construction of the Basilica of Our Lady of the Rosary of Fátima, Portugal”, em João Mascarenhas-Mateus / Ana Paula Pires (eds.): History of Construction Cultures, vol. 2. Leiden: CRC Press, pp. 545-553. DOI: http://doi.org/10.1201/9781003173434-183
Tostões, Ana (2003). “«Arquitectura moderna portuguesa»: os três modos”, em Ana Tostões / Sandra Vaz Costa (coords.): Arquitectura moderna portuguesa. 1920-1970. Lisboa, Instituto Português do Património Arquitectónico e Arqueológico, pp. 104-155.
Varas Muriel, M.ª José et alii (2007): Ruta geomonumental. Los materiales pétreos utilizados en la arquitectura madrileña de Fernando Arbós. Disponível em: https://digital.csic.es/bitstream/10261/34293/1/Ruta_geomonumentFernando_Arbos.pdf (consultado em 23 de março de 2022).
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Clara Moura Soares, Rute Massano Rodrigues, Carlos Filipe, Noel Moreira
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Todos los trabajos publicados en la revista BSAA arte están sujetos a una licencia Creative Commons Atribución 4.0 Internacional (CC BY 4.0).
Los autores continúan como propietarios de sus trabajos, y pueden volver a publicar sus artículos en otro medio sin tener que solicitar autorización, siempre y cuando indiquen que el trabajo fue publicado originariamente en la revista BSAA arte.
