Patrimonio urbano serrano: urbanismo tradicional e cultura operária na Covilhã (Portugal)
DOI:
https://doi.org/10.24197/ciudades.13.2010.201-218Palabras clave:
património urbano, cultura operária, representação da cidade, urbanismo tradicional, lanificiosResumen
Este texto constitui um contributo para uma reavaliação do papel do centro histórico da Covilhã, cidade média que busca afirmação e cuja expansão recente é assinalável. Fazemo-lo a partir da análise do material recolhido em entrevistas a actores urbanos, individuais e colectivos, com as suas representações muito marcadas pelo mundo monoindustrial dos lanifícios e por um urbanismo tradicional típico de uma morfologia serrana.
O entrelaçamento da fábrica com a malha habitacional atingiu tal densidade que a Covilhã foi classificada de “cidade-fábrica” em contraste com a industrialização difusa que deu forma a muitas outras regiões do país. Esta cenografia social e urbana é perspectivada no âmbito de uma leitura aberta do conceito de património no sentido do seu alargamento a espaços considerados com valor patrimonial hoje em obsolescência ou ameaçados de destruição e que são a marca da especificidade histórica do urbanismo da Covilhã.
Descargas
Citas
BOURDIN, Alain (1984) : Le patrimoine réinventé, PUF, París.
CABRAL, M. Villaverde (1988), Portugal na alvorada do séc. XX: forças sociais, poder político e crescimento económico de 1890 a 1914, Editorial Presença, 2ª Edição, Lisboa.
UNION EUROPEA (2007): Carta de Leipzig, assinada em Leipzig pelos ministros europeus responsáveis pelo ordenamento do território e urbanismo.
CARVALHO, Pedro G. (2008): “Forma urbana e desenvolvimento sustentável. Ensaiando um ponto de partida para os territórios de fronteira“,en Vaz, Domingos (ed.), Cidade e território: identidades, urbanismos e dinâmicas transfronteiriças, Editora Celta, Lisboa, pp. 203-226.
CASTRILLO ROMÓN, María; ÁLVAREZ MORA, Alfonso; RIVAS SANZ, Juan Luis; SANTOS GANGES, Luis (2008): “Vivienda y procesos actuales de desarrollo urbano en las ciudades de Castilla y León”, en Vaz, Domingos (ed.): Cidade e território: identidades, urbanismos e dinâmicas transfronteiriças, Editora Celta, Lisboa, pp. 227-249.
CHOAY, Françoise (1999) : L’allégorie du patrimoine, Editions du Seuil, París.
CHOAY, Françoise (2005): Património e mundialização, Edição Bilingue, Casa do Sul Editora, Centro de História da Arte da Universidade de Évora, Évora.
HARVEY, David (1990): The condition of postmodernity, Basil Blackwell, Oxford.
MINISTÉRIO DO AMBIENTE, ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL (2006): Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território (relatório). Secretaria de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades.
PEIXOTO, Paulo (2008): “Liftings, peelings e outras plásticas. As cidades antigas querem parecer novas?”, en Vaz, Domingos (ed.), Cidade e território: identidades, urbanismos e dinâmicas transfronteiriças, Editora Celta, Lisboa, pp. 73-86.
RIBEIRO, Orlando (1994): Opúsculos geográficos, temas urbanos, Vol. V, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa.
VAZ, Domingos (2003): Tempos cruzados na Covilhã: representações urbanas e acção colectiva, Tese de doutoramento, Universidade da Beira Interior, Covilhã.
VAZ, Domingos (2004): Cidades médias e desenvolvimento: o caso da cidade da Covilhã, Edição da Universidade da Beira Interior, Covilhã.
VAZ, Domingos (2009): “A Covilhã vista pelos covilhanenses: representações e práticas sobre uma urbanidade em transformação”, Forum sociológico, FCSH-UNL, Lisboa (no prelo).
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Todos los contenidos publicados en Ciudades se distribuyen bajo una Licencia Creative Commons Atribución 4.0 Internacional (CC BY 4.0).
- Atribución (Attribution): en cualquier explotación de la obra autorizada por la licencia hará falta reconocer la autoría.
Los autores continúan como propietarios de sus trabajos, y pueden volver a publicar sus artículos en otro medio sin tener que solicitar autorización, siempre y cuando indiquen que el trabajo fue publicado originariamente en Ciudades.