Paratradução: uma prática editorial e um caso de Machado de Assis em espanhol
DOI:
https://doi.org/10.24197/her.22.2020.221-242Palabras clave:
Paratradução, Criação, Machado de Assis, EspanholResumen
Propomos, aqui, uma leitura de paratextos (Genette, 2009) em duas traduções de Memórias póstumas de Brás Cubas para o espanhol, a fim de analisar a construção da imagem que se faz de Machado de Assis. Como uma proposta crítica de trabalho com o texto traduzido, a paratradução permite entender não só aspectos concernentes ao texto, mas também ao processo de tradução mais amplo nas práticas editoriais (Yuste Frías, 2011, 2015). Observamos uma ênfase nos aspectos biográficos do escritor, sobretudo em sua infância pobre de menino negro no Brasil oitocentista, e na genialidade literária do autor maduro e epilético. Contrastamos essa construção do autor Machado, de certa forma referendada pela repetição, com a imagem de outro Machado apresentado por Massa (2009a).
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