O deus de Delfos na Electra de Sófocles

Autores/as

  • María do Céu Fialho Universidad de Coimbra

Palabras clave:

Oráculo, Apolo, Sófocles, Electra, Orestes

Resumen

O oráculo de Apolo é referido por três vezes nesta peça de Sófocles e, no entanto, nunca os deuses pareceram tão distantes das iniciativas humanas. A consulta feita por Orestes ao oráculo de Apolo  sugere que a sua decisão havia já sido tomada e o seu relato sobre a  resposta do deus mantém na ambiguidade que entende que aquela vingança  é um “justo sacrifício”. As motivações de Orestes são claramente  políticas e patrimoniais. Sófocles explora tal ambiguidade para  sublinhar a diversidade de perspectivas dos dois irmãos (o prólogo  bipartido sugere-o). Fixada no seu irmão Electra, gasta pelo  sofrimento, não encontra nele uma manifestação recíproca e proporcional de afecto e atenção. Ele é o vingador que regressa para tomar posse da sua herança. Como Apolo previra, a vingança terá êxito através do engano e da dissimulação, privada da arte guerreira. Ficará Orestes certo, depois da vingança, de que o deus está com ele? Até  nesse ponto Sófocles cuida de uma formulação ambígua. O preço da  libertação desta casa é demasiado alto. O fim da peça esta marcado por  uma atmosfera pouco gloriosa e depressiva.

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Publicado

26/01/2019

Cómo citar

Fialho, M. do C. (2019). O deus de Delfos na Electra de Sófocles. Minerva. Revista De Filología Clásica, (20), 39–52. Recuperado a partir de https://revistas.uva.es/index.php/minerva/article/view/2677

Número

Sección

Artículos